A Cerca de mim...

Claudia Lins

"Incontrolavelmente marcamos a vida e ela em oposição nos marca. São tantas marcas que acumulamos, que as chamamos de experiência."

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terça-feira, 31 de maio de 2016

O que nós queremos? Por que ?




O que nós queremos?


Queremos que as políticas públicas 
para crianças e adolescentes funcione; 
Só isso já seria um avanço.

Por que?  


Porque a Politica brasileira é nojenta.

Eu e muitos outros postamos nas redes sociais  sobre violência contra crianças e estupro de meninos e meninas proliferando como vermes em defunto. 

Nossas delegacias são mal preparadas para atenderem meninas estupradas e por isso nada acontece. 

Os agressores não ficam presos e a criança fica traumatizada 
para o resto da vida. 
Nunca falam de meninos estuprados. 
Existem aos milhares. 

A sociedade é pérfida e sórdida. 
A mídia só dá enfase quando interessa vender manchetes.

Não existe cultura do estupro, existe cultura do machismo, 
existe a péssima educação de meninos nesse país. 

Existe o endeusamento de ser macho cretino desde a infância. Existe uma escola que ensina currículos, 
mas não educação e formação de respeito a todos. 

Existe um apelo sexual em todos os segmentos da sociedade, revistas e principalmente na televisão. 

Ninguém fala dos filhos dos bailes funk, 
dos filhos de abusos intramuros, 
dos sequestros de crianças para uso sexual. 
Jovens perdidos sem nenhuma orientação 
e crescente gravidez precoce. 

Essa jovem de 16 anos é a cara 
de milhares de outras mães aos 10, 11, 12 anos 
vitimas de abusos e de uma sociedade 
que apoia certos comportamentos.

Estou enojada quando alguns políticos se aproveitam de um estupro coletivo para aparecerem como salvadores da moral.

Queremos que as políticas públicas 
para crianças e adolescentes funcione; 

Só isso já seria um avanço.


Alguma coisa tem que ser feita urgentemente! 
E isso só poderá ocorrer, na hora do seu voto, 
fazendo a escolha certa! 

 Ao infinito e além!




Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?

A gente não quer só comida
A gente quer comida, diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída para qualquer parte

A gente não quer só comida
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida como a vida quer

Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?

A gente não quer só comer
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer pra aliviar a dor

A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro
A gente quer inteiro e não pela metade

Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de quê?
Você tem fome de quê?

A gente não quer só comida
A gente quer comida, diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída para qualquer parte

A gente não quer só comida
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida
A gente quer a vida como a vida quer

A gente não quer só comer
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer
A gente quer prazer pra aliviar a dor

A gente não quer só dinheiro
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro
A gente quer inteiro e não pela metade

Diversão e arte
Para qualquer parte
Diversão, balé
Como a vida quer
Desejo, necessidade, vontade
Necessidade, desejo, eh!
Necessidade, vontade, eh!

Necessidade

As dúvidas nos induzem a PENSAR.



A pergunta que fica para mim, na exacerbada prematura sexualização das crianças, é o que estamos fazendo com a infância e pré-adolescência?
Achamos bonitinho uma menina grávida aos 12 anos sem saber de quem é a criança? Fui ao youtube ver videos, aos milhares, sobre bailes funk, bondes de sexo, trenzinho e trepadas coletivas com violência explicita.
Crianças, são levadas para aconselhamentos em ONG's, por avós ou familiares inconformados, meninas machucadas depois de uma noite de balada. Filhas de mães também muito jovens, que ficaram grávidas da mesma forma formando um exército de famílias sem nenhuma estrutura.
Musicas fazendo a apologia do sexo e drogas são ouvidas abertamente sem nenhuma censura. E não venham me dizer que esse tipo de apologia é cultura. E ainda não falamos de estupro de meninos entre 7 e 10 anos. Muitos!!!
Não vamos ser hipócritas. A sexualização precoce é real em todas as mídias. Tem que haver uma conscientização sobre o dano que isso provoca.
As baladas das classes mais desfavorecidas são postadas no youtube. As das classes mais altas existem iguais mas nunca são comentadas ou expostas. Os estupros e bolinagem de crianças e jovens nessas classes também é enorme mas veladas.
Mães da zona sul desesperadas,  por terem seus filhos e filhas abusados, não sabem o que fazer.
A leniência com que sempre tratamos esses casos levou a essa situação extrema.
O resultado são milhares de crianças e jovens traumatizados sem atendimento. E adultos com dificuldades por toda a vida.



E ainda por cima: 


Nós, mulheres, além de estupradas, assassinadas e ganharmos menos ainda, em relação aos homens, somos moeda de troca politica. Infelizmente! Arranja uma mulher aí para ser vice do Pedro Paulo, arranja uma mulher para preencher um segundo escalão, arranja uma mulher aí para calar a boca desse povo. Assim os políticos nos tratam. Para eles não existe mulher capaz, existe mulher capacho.


Pronto Falei !

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Diga não as mordomias...



Quer dizer que um deputado gasta 500.000 reais por mês em Brasilia? 
Casa, verbas multiplas, quatro motoristas e por aí vai. O presidente muito mais que isso. Aviões, helicopteros nas sua horas de lazer para visitar familiares. Até quando vamos permitir essa farra com nosso dinheiro?
Não é aceitável a despesa de um politico para o país e pior ainda quando ele é afastado das funções...
Enquanto a farra é institucionalizada, o povo não tem emprego, educação, saúde e dignidade.
Quer cortar na carne, corta as mordomias e os 700 milhões com cartões corporativos. 


Alguma coisa tem que ser feita urgentemente!
E isso só poderá ocorrer na hora do seu voto, fazendo a escolha certa! 

Ao infinito e além!


Ao infinito e além...



Não adianta falar mal de políticos e dirigentes brasileiros. Eles são a cara do país. Eles são a mediocridade que construimos ao longo dos anos. Eles são fruto da educação vagabunda que sempre tivemos nas nossas escolas e universidades, da falta de ética desde que Cabral aqui aportou. Eles são a cara da corrupção endêmica que começa dentro de casa ensinando crianças que levar vantagem é bom, que transgredir leis e mesmo avançar sinal de transito não leva à punições. Eles são a cara da malandragem e do fisiologismo praticado por todos nós em algum momento na vida. Eles são a cara de um país que eliminou o mérito. Qualquer idiota pode galgar ao poder desde que se insira num populismo e tenha o discurso certo para mais da metade do país que sobrevive com salários vergonhosos. Continuamos uma terra de degredados prontos a fazer qualquer coisa por dinheiro e poder. 

Alguma coisa tem que ser feita urgentemente!
E isso só poderá ocorrer na hora do seu voto, fazendo a escolha certa! 

Ao infinito e além!


E ainda tem mais...



É bom ou mau sentir indignação quando não podemos mudar as coisas? Como não deixar o estresse não nos matar aos poucos com sentimentos de impotência? É assim que eu me sinto vendo crianças maltratadas, rejeitadas e fora da escola. Crianças com necessitades especiais sem atenção nenhuma. Como não se indignar com propagandas enganosas desses políticos indecentes?

Alguma coisa tem que ser feita urgentemente!
E isso só poderá ocorrer na hora do seu voto, fazendo a escolha certa! 

Bom dia! 

terça-feira, 24 de maio de 2016

Juventude Democratas

NOTA OFICIAL



23 de maio de 2016

Ao longo dos últimos meses, foi dito por defensores de Dilma Rousseff que a eventual retirada do Partido dos Trabalhadores do poder, através do afastamento da Presidente, poderia resultar em um enfraquecimento da Operação Lava Jato. Contudo, a deflagração, ocorrida no dia de hoje, da 29ª fase das investigações comprova que isto não é verdade.

A Operação Lava Jato, que tem revelado tristes e inaceitáveis fatos acerca dos bastidores da política nacional, deve seguir em frente e ter liberdade para atuar pois, sem dúvida alguma, atende ao interesse público e ao anseio de todos os brasileiros de ver o país livre da corrupção.

A Juventude Democratas Brasil defende totalmente a continuidade da Operação Lava Jato e a devida investigação de quaisquer fatos revelados pela mesma que demonstrem a suspeita de atos ilícitos. Além disso, afirmamos que qualquer tentativa de intromissão no andamento das investigações, caso comprovada, deverá ser repudiada e punida, inclusive na hipótese de ter sido empreendida por membros do atual governo, seja o Ministro Romero Jucá ou qualquer outro.

Os jovens brasileiros e a sociedade em geral não aceitam que a política e os governos continuem sendo terreno fértil para a falta de ética e demandam, com firmeza, que a Lei e a Justiça valham para todos. Os jovens democratas de todo o Brasil não se furtarão em defender este sentimento.

Saudações democratas,

Juventude Democratas Brasil

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Vamos Juntas?



Mulheres,

Somos a metade da humanidade. E mães da outra metade. 

Movimento 
Vamos juntas?

O Movimento “Vamos Juntas?” pretende driblar a insegurança das mulheres nas ruas.

O homem tem medo de que levem seus pertences e a mulher tem medo de que a levem...

Esta é a diferença!

“Na próxima vez que estiver em uma situação de risco, observe: do seu lado pode estar outra mulher passando pela mesma insegurança. 
Que tal irem juntas?” 
Dessa ideia extremamente simples é que nasceu o movimento Vamos juntas?.
Criado pela jornalista Babi Souza, 24 anos, o movimento surgiu depois que a jovem se viu no centro de Porto Alegre, às 20h, totalmente sozinha em direção a um segundo ponto de ônibus.

O #movimentovamosjuntas rapidamente ganhou força e levou Babi a criar uma página para o movimento. O projeto está recebendo o apoio de mulheres em todo o Brasil. Na prática, a iniciativa propõe duas ideias:
1) a de que mulheres que não se conhecem possam se unir para criar um elo de proteção mútua quando andam na rua;
2) a de que mulheres que se conhecem e que costumam percorrer trajetos semelhantes (para o trabalho, faculdade, ponto de ônibus etc) se organizem para andar juntas. 
A palavra de ordem é: sororidade.


Significado de Sororidade

O que é Sororidade?

Sororidade é a união e aliança entre mulheres, baseado na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum.

O conceito da sororidade está fortemente presente no feminismo, sendo definido como um aspecto de dimensão ética, política e prática deste movimento de igualdade entre os gêneros.

Do ponto de vista do feminismo, a sororidade consiste no não julgamento prévio entre as próprias mulheres que, na maioria das vezes, ajudam a fortalecer estereótipos preconceituosos criados por uma sociedade machista e patriarcal.

A sororidade é um dos principais alicerces do feminismo, pois sem a ideia de “irmandade” entre as mulheres, o movimento não conseguiria ganhar proporções significativas para impor as suas reivindicações.

A origem da palavra sororidade está no latim sóror, que significa “irmãs”. Este termo pode ser considerado a versão feminina da fraternidade, que se originou a partir do prefixo frater, que quer dizer “irmão”.

Sororidade seletiva
Esta definição é aplicada quando há uma segregação entre subgrupos que estão inseridos no conjunto do que seria o “ser mulher”. Ou seja, quando a irmandade entre as mulheres é baseada em interesses pessoais de determinadas pessoas, ignorando o companheirismo empático e altruísta. 

Um exemplo de sororidade seletiva são as feministas conhecidas por Terfs (Trans Exclusionary Radical Feminist), que não reconhecem a identidade do transgênero como mulher.

Assim, o apoio, união e companheirismo dessas feministas são seletivos, destinados apenas para as mulheres do ponto de vista biológico e não de identidade comportamental.

sábado, 14 de maio de 2016

Do dia 11 para 12 de maio ...


Mais uma página na história do nosso País está sendo escrita hoje.  Encerramos uma etapa e rogamos por dias melhores. Que a nova liderança política tenha sabedoria e conduza o nosso País da maneira mais correta e democrática possível, inibindo qualquer tentativa de visão de animosidade do povo brasileiro, imperando a sensatez. Que o Brasil, através da democracia, navegue por águas mais calmas. #brasil #democracia #impeachment #paz #amor

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Golpe contra Dilma é de todos, o mais violento




Não é por improbidade, não é por ter cometido um grave crime de responsabilidade e nem mesmo por ter praticado os deslizes contábeis de que é acusada que a presidente Dilma deve ser deposta hoje por um golpe parlamentar. O que Dilma, Lula, o PT e forças da esquerda vão perder hoje é uma “guerra de facções”,  como diz o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa evocando Alexander Hamilton, um dos pais da Constituição norte-americana que gerou a figura do impeachment como remédio para anomalias extremas do presidencialismo. Adversários de sempre e aliados de ontem,  ressentidos, bandidos e oportunistas,  uniram-se numa poderosa facção majoritária no Congresso para sepultar o ciclo de governistas petistas. “O ciclo do PT tem que acabar”, já bradava Aécio Neves em 2013. 

Hamilton apontava a revanche das facções como o maior inconveniente do impeachment. E aqui está hoje o Brasil, mostrando ao mundo que sabe copiar e deformar criações alheias. Vulgarizamos a criação americana, aplicando-a, em duas décadas, a dois dos quatro presidentes eleitos depois da ditadura. Lá, onde foi criado, o impeachment foi brandido contra presidentes como chicote de censura mas nunca foi aplicado.

A facção agora formada reuniu todo o arco partidário, exceto PT, PDT, PC do B e PSOL, para dar cabo dos governos petistas. Não porque estivessem realizando uma revolução de caráter classista ameaçador aos interesses das elites de sempre.  Nele entrou até o PSB, que agora resolve não entrar no Governo Temer. Mas fez o pior.  Sob Lula, com mais perfeição, tivemos governos conciliadores que,  embora mantendo castas e privilégios, olharam para a grande planície dos despossuídos, dos mais pobres e esquecidos.  “Com a ascensão dos mais humildes todos ganham. Ganha o pobre, ganha o rico, ganham as empresas”,  dizia Lula durante seu governo. Mas isso já não bastava.  Quando Dilma ganhou novamente em 2014,  ele voltou a pregar a conciliação de classes dizendo num vídeo postado no dia seguinte:  "Mais generosidade e menos preconceito vai fazer um bem imenso ao País. Se você tem preconceito, abra seu coração”. Mas naquela altura, o demônio da intolerância, o “chega de PT” já começava a dominar corações e mentes.  Já se pregava impeachment antes da segunda posse de Dilma. Erros e desacertos cometidos pelo PT foram usados como justificativa mas com a exaltação desproporcional típica dos pretextos nas declarações de guerra. A crítica e a oposição foram se transfigurando em ódio e preconceito. Ainda no governo Lula, tive o primeiro lampejo disso ao participar de um debate em que um cientista política advertia para o perigo da chegada do “governo dos plebeus”. “Eles sujam as paredes dos palácios e pisam com pés sujos nos tapetes        “, dizia o intelectual.

Antes de Lula, filho da classe trabalhadora, foi Getúlio, filho da burguesia agrária,  o outro presidente que tentou conciliar os interesses de classe, garantindo a primeira cesta de direitos aos trabalhadores,  sem nada tirar do alto da pirâmide. Muito pelo contrário, criando as condições para que florescesse no país, -   primeiro com a Revolução de 1930 e depois como ciclo industrializante aberto com sua volta em 1950 -  sobrepujando o velho coronelismo agrário, uma   burguesia urbana e industrial. Mas esta mesma elite não queria ser moderna e civilizada, e muito menos compartilhar o progresso.  Seus agentes políticos tentaram o impeachment de Getúlio em 1954 (por supostos crimes de gestão, como agora), e não conseguindo aprová-lo, desencadearam a tempestade de acusações que o levaram ao suicídio. A comoção da morte barrou o retrocesso mas ele veio dez anos depois com o golpe de 64, após o suspiro desenvolvimentista do governo JK. Goulart foi acossado, tentaram impedir sua posse, Brizola garantiu a legalidade em sua trincheira armada. Depois, dispensaram a violência institucional e partiram o golpe então clássico,  o dos quartéis, mergulhando o país na ditadura.

Dilma vem sendo acossada com um grau de violência talvez só dedicado a Getúlio. A Lula, garantiu-se a indulgência reservada a coisas passageiras. Um ex-operário que vira fenômeno político, insiste em ser presidente e um dia chega lá. E chegando, será até bom que governe por quatro anos, para dizer ao mundo que neste país dos trópicos existe uma democracia com alguma permeabilidade no acesso ao poder político. Mas não. O homem se reelege, elege a sucessora e ela consegue reeleger-se numa campanha em que a guerra de facções já estava declarada. A violência contra Dilma foi maior porque incluiu a misoginia política, o horror patriarcal ao governo de mulheres. Num estádio lotado, em plena Copa do Mundo,  a massa com a mente mandou a presidente “tomar no c”. O mesmo fez um artista de segunda categoria como Fábio Júnior num show em Nova York.

A violência foi maior contra Dilma porque na aliança das facções que moveram a guerra entrou uma mídia avassaladoramente mais poderosa do que em outros tempos, que acumulou poder durante a ditadura e o multiplicou com a revolução  tecnológica. E até os governistas petistas ajudaram nesta obra. Nunca os meios de comunicação usaram de forma tão esmagadora seu poder contra um governante. A violência contra Dilma foi maior porque transcorreu numa fase de putrefação do sistema político, levando as disputas para um Judiciário, que ao  invés de arbitrar, homologou o linchamento. E antes, permitiu que a Operação Lava Jato, promessa de “limpeza completa” na orgia entre políticos, empresários e tetas do Estado, se transformasse em instrumento político da facção caçadora, arrancando delações, selecionando vazamentos, atropelando garantias.

Foi mais desavergonhada a violência do golpe contra Dilma porque perpetrada neste tempo em que os políticos perderam completamente a vergonha e aquele verniz que costumamos chamar de caráter. Nunca um governante foi tão sordidamente traído por aqueles que se lambuzaram com o poder compartilhado, pelos que adularam para morder e sugar, antes de trair.  Ao ponto de um ministro deixar o cargo e correr para o plenário da Câmara para votar a favor do impeachment naquela assembleia vergonhosa da noite de 17 de abril. O emblema da traição, na História, será a sigla PMDB.

Foi sob a batuta de Eduardo Cunha,  autorizados por Michel Temer e tangidos pelo PMDB,  que ressentidos, bandidos e oportunistas uniram-se ao longo do processo e naquela noite para acertar contas com Dilma. Ela certamente não lhes dava tapinhas nas costas nem com eles trocava piadas. Tentou governar de modo litúrgico, embora entregando-lhes  cada vez maiores nacos de poder. Mas eles precisavam encerrar o ciclo petista e defenestrar a mulher que ousou chegar à Presidência e, no cargo, os olhou de frente, com aquela altivez insuportável, dizendo sempre o que pensava.

Por que não a acusaram de outros crimes, por que não tentaram fazer o impeachment com base nas revelações da Lava Jato, onde o PT e os partidos com quem dividiu o poder conquistado em 2002 boiaram na mesma lama? A pergunta foi feita recentemente por Joaquim Barbosa numa postagem em rede social. “Descubra você mesmo “, dizia ele. Eduardo Cunha, ao aceitar o pedido de impeachment, excluiu acusações que poderiam arrastar boa parte dos caçadores. Acolheu apenas as duas acusações por crimes pelos quais apenas ela poderia responder: pedaladas e decretos. Se entrasse, por exemplo, a compra de Pasadena, outros agentes entrariam na roda. Inclusive do PMDB.  E assim, recortando acusações,  torcendo leis, distorcendo fatos, destroncando princípios constitucionais e garantias, escreveu-se a trama que hoje terá seu penúltimo e mais dramático capítulo, o do afastamento do cargo.

Será mais violento o golpe contra Dilma porque foi construído com sofisticação, revestido de legalidade, de constitucionalidade, num agônico rito legitimado pelo STF. Porque envolvido neste véu que pode enganar os contemporâneos mas não iludirá a História, que não tem apenas olhos de ver.

Muitos erros cometeram o PT, Lula, Dilma e aliados, contribuindo para o desenlace. Falar deles agora seria escárnio e mais crueldade.  O maior deles maior deles foi acreditar em governos de coalizão. Mas como governar num sistema que permite a
Lula obter 61% dos votos e apenas 17% das cadeiras na Câmara? Com este sistema e por este caminho, que aprenda a esquerda, não adianta tentar de novo. A partida chega ao fim mas não será o Game Over.



TERESA CRUVINEL



Colunista do 247, Tereza Cruvinel é uma das mais respeitadas jornalista política

Tratado de como se colocar no lugar do outro.



A arte de se colocar no lugar do outro, ou seja, ser uma pessoa empática, é um passo além de ser simpático e carismático. É ser um distribuidor espontâneo de sabedoria e da arte de surpreender. É ser um transferidor do capital das experiências.

Os empáticos são poetas da vida, que podem não escrever poesias, mas vivem sua existência como se fosse uma poesia. Os empáticos são os pais, os amantes, os filhos, os amigos inesquecíveis e insubstituíveis. Eles fazem total diferença no tecido social.

Os empáticos são capazes de reciclar o pessimismo, a sisudez e superam a necessidade neurótica de estar acima dos outros. São pais cativantes, filhos compreensivos, professores marcantes, cônjuges que irrigam o afeto, executivos que libertam a criatividade dos seus liderados. São ecologistas do meio ambiente emocional, criam um microclima que impera a serenidade e não as disputas. Tal como os carismáticos, não perdem a oportunidade de expandir ou realçar as características saudáveis dos seus íntimos, mesmo as que aparecem momentânea e superficialmente.

Os empáticos recolhem as armas do pensamento. São lentos para condenar e rápidos para compreender. São inteligentes, têm a consciência das várias distorções pelo estado emocional, social e intelectual. Como propulsores da maturidade, eles sabem que a verdade é um fim inatingível.

Se 10% da população fosse simultaneamente simpática, carismática e empática, a humanidade seria outra. Teríamos mais museus e menos prisões, mais jardins e menos fábricas de armas, mais longevidade e menos homicídios e suicídios, mais abraços e menos acusações.

 A empatia no perdão

Ser empático é saber entender a falha do outro, deixar as amarras da mágoa de lado e compreender que somos imperfeitos. Os empáticos são mentes de rara inteligência, sensibilidade e humildade. Seu objetivo não é ganhar as discussões, mas conquistar as pessoas. São tão sábios que mesmo quando o mundo desaba sobre si estão ensinando a arte de pensar.

Os empáticos não têm a necessidade neurótica de estar sempre certos. São capazes de perguntar: “Onde foi que eu machuquei você e não soube?”. São tão surpreendentes que não têm medo de pedir desculpas nem de dizer: “Eu amo você, dê-me uma nova chance”.

Muitas celebridades, políticos, empresários, intelectuais, líderes religiosos se preocupam primeiramente em preservar sua imagem social e não em cativar e contribuir com as pessoas. Os que não são empáticos nunca abrem o portfólio de sua emoção, não descortinam sua dor, seus tropeços, suas angústias e suas fragilidades. Eles se escondem atrás de seus status social. Sofrem veladamente e comprometem sua qualidade de vida. Definitivamente não se amam. Não são empáticos nem para si nem para os outros. Nada é tão tolo quanto a ilusão da imagem social, o brilho dos holofotes da mídia.

Seres humanos empáticos são altruístas, equilibrados e proativos. E por serem proativos saem à superfície das relações sociais e perguntam com frequência para seu parceiro: “O que posso fazer para ajudá-lo a ser mais feliz?”, “Que medos e pesadelos o assombram e eu desconheço?”, “Conte comigo sem receios, estou aqui para compreender e não para julgar”. Eles surpreendem e encantam o parceiro. Por isso, são capazes de dizer frequentemente: “Obrigado por existir!”. Dessa forma, eles se refletem no outro de forma poderosa.

Um ser humano empático é capaz de falar sobre suas lágrimas para os outros aprenderem a chorar as deles. Transfere o que o dinheiro jamais pode comprar: o capital das suas experiências, seu legado socioemocional.




domingo, 8 de maio de 2016

Dia das mães ...

Dia das mães me faz pensar como o conceito de familia mudou nesses ultimos cem anos. E com essas
mudanças também o conceito de maternidade. Crianças nascem de duas pessoas que não serão aquelas presentes na vida delas.
Minha homenagem hoje vai para os casais de pais adotivos heteros ou homosexuais que escolheram amar uma criança. Para os pais que são mães. O importante é amar. 
Minha homenagem para as mães sociais nos abrigos que se dedicam a crianças abandonadas e traumatizadas.
Somos mães da humanidade. O amor não pode ser exclusivo e egoista só para os seus.

Feliz Dia das Mães!💝🎀💝🎀💝🎀💝

Guarde este nome: Claudia Lins

quarta-feira, 4 de maio de 2016